quarta-feira, 27 de abril de 2011

Admiro a naturalidade das relações humanas

Passando por aquela rua em particular uma delas comentou:
Nossa foi ali que eu recebi o primeiro beijo, o segundo foi logo adiante!
A outra comenta:
Olha que coisa..
e as duas dão risada!

Tempo depois:
Eu ainda encontro o garoto as vezes, não sei se lembra de mim, acho que virou advogado.
Sem nem respirar a outra rebate
O meu primeiro beijo virou bandido! Mas acho que agora ele saiu da cadeia


Resultado: a primeira quase teve um ataque de tanto rir. Ah, a modernidade em sua expressão mais sincera!! rsrsr

terça-feira, 26 de abril de 2011

O sorriso... perdido

Enquanto lia distraída aquele sorriso, que há tempo não aparecia, voltou.
Sem motivo, deixou a idéia de lado.

No trabalho, insistente lá estava ele.
Sem explicação e sem grandes alterações.. era pouco mais do que um traço no canto dos lábios, pouca gente percebeu, mas ela sim.

Enquanto a musica embalava um momento gostoso de descanso, a terceira aparição
Agora era certeza, o passado ficou no passado. Isso é bom, sempre bom

sábado, 23 de abril de 2011

Um Karma na minha vida...

Não me lembro quando ela deixou de ser estranha e sentada na última carteira, o que não era muito, considerando que a sala tinha 20 pessoas. Ela não ficou minha amiga a primeira vista, mas aos poucos. Sempre dizem que os amigos de faculdade são os melhores, não sei, os que guardo com muito carinho até hoje começaram a surgir no ensino médio... entre lamentos pelas provas e corridas furtivas ao teto do ginásio.

Nunca pensamos igual, nem mesmo parecido, mas ela se tornou minha amiga. Ao final de um ano, passavamos as tardes de domingo tomando terere e comendo brigadeiro na escada do predio dela. Seu interfone fantasma sempre me assustava e de tanta bobeira, a gente acreditava fielmente que ficava bebada tomando terere.

Compartilhamos planos fantásticos, logo que superou a ideia de ser enfermeira, ela seria uma super publicitária e a gente ia abrir uma agência e ficar rica. Menos teimosa que eu, mudou de ideia e hoje é professora formada, poderia dizer que seguiu os passos da mãe, mas acho que nunca planejou isso mesmo..

Na época de faculdade, morou longe, bem longe... por um tempo, nossas correspondências se limitavam a e-mails, gigantes por assim dizer. Ainda os tenho e volta e meia dou risada, como eu era tonta, mas ela também era. Tenho fotos de um ano novo, após exatamente um ano sem conversar a gente passou a madrugada conversando, eram 6 da manha e a gente colocava o pijama para dormir.

Apesar de jamais gostar de seus conselhos, ainda é para ela que escrevo quando preciso reclamar, desabafar ou mesmo contar alguma coisa que me deixou muito,muito contente. Lógico que ela não iria me desapontar e em 99,99999999% das vezes eu detesto o conselho dela, e respondo logo discordando. Não se engane, outro menor problema e lá vai ela ler eu reclamando da vida novamente.

Vejo ela com um pouco mais de frequencia hoje, não muita, uma vez a cada 3 ou 4 meses. Em mais de nove anos, ainda continuo mantendo o que um dia, após um trabalho de colégio a gente descobriu: ela é meu Karma, ninguém pode fugir do seu Karma. A gente conversou ontem, foi por cerca de 40 minutos. Sinto falta, muita... esses momentos sempre me deixam com um aperto no peito e uma vontade de voltar naquele tempo em que a gente tinha tempo, de falar bobeira, rir e acreditar em sonhos absurdos.

Ela que era contrária ao casamento, me contou que quer casar assim que convencer o namorado. Quer ter filhos e que eu vou ser a daminha de honra do casamento, afinal eu nunca cresci muito mesmo...

No final do ano serão 10 anos desde que nos conhecemos.... o tempo passa né, ficamos velhas, os sonhos e aspirações crescem assim como nossa amizade. Assim já dizia a música do cidade negra:

"é tão forte quanto o vento quando sopra
tronco forte que não quebra, não entorta
podes crer, podes crer,
eu tô falando de amizade"

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Beleza no parque



Acho que eram as folhas.. lembravam uma vida que nunca existiu.




Nos olhos do casal de adolescentes por alguns momentos desaparecia o peso da responsabilidade e arrependimento. Enquanto corriam atrás do filho eram pouco mais do que três crianças.



A dois passos, com a certeza de que em breve partiria, o desejo do soldado era ficar para sempre preso naquele feriado.



Os ‘bicho da cidade grande’ pensavam como seria a vida ali. Um ritmo mais lento, menos congestionamento [MAS MENOS DINHEIRO, logo lembravam].



Na casinha, a menina do laço rosa tentava convencer ao seu companheiro de escorregador que era uma cantora, como não tinha ouvido falar dela ainda?


Sob a sombra e as folhas que caíam marcando o ritmo da estação, sentada em um velho tapete a outra via e imaginava. A beleza estava onde poucos realmente procuravam. Enquanto isso, as cenas deixavam sua retina e eram gravadas em algo mais duradouro... e muito menos poético.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

domingo, 3 de abril de 2011

Reminiscências

O frio batia a porta e evocava momentos bons, sempre bons… No banheiro o aquecedor preparava o clima para o banho, enquanto via a água corrente descer pelo corpo lá estava ela, com a toalha na frente do aquecedor, assim como os pijamas que ficavam quentinhos... Quando a luz apagava, ela sempre vinha uma coberta extra, exatamente quando mais precisava, sem pedir... O jornal era sempre mais gostoso no ninho cheio de cobertas, uma duas, três... mais do que era realmente necessário. O leite quente com bolacha antes de dormir era um dos caprichos... O pé gelado era devagarinho colocado entre os dela, que em meio a reclamações aceitava e sorria Pequenas coisas de mãe, que hoje voltam com a neblina que anuncia o inverno. Paixão compartilhada eu acho